Conviver com o Diferente em um mundo padronizado…

diferente

Acabo de ler uma entrevista com uma psicóloga mineira, onde ela fala sobre a administração das diferenças. Pra começar o título da entrevista me despertou grande interesse, dizia o seguinte: CONVIVER COM O DIFERENTE: UM DESAFIO E UMA ESCOLHA. Diariamente vou às escolas e é claro que os temas mais abordados são: CONVIVÊNCIA, DESAFIOS E ESCOLHAS.

Segundo a psicóloga Maria Aparecida Vasconcelos a convivência nos remete à necessidade primordial da raça humana de se agrupar, a busca de contato ultrapassa a ordem natural e pode acontecer por vários motivos: emocionais, profissionais, sociais…. mas sempre ligados a algum interesse, por isso que as pessoas escolhem se aproximar ou se distanciar, cabe a nós distinguir o que será mais proveitoso.

E O DIFERENTE?

Quando falamos em diferenças é inevitável que venha a “cabeça” uma suposta noção de inferioridade, ou de alguém ou algo que foge as regras e padrões consensuais… Somos fortemente marcados pela padronização de alguns valores que são muito explorados pela cultura veículada pelos meios de comunicação. Por exemplo: quando consumimos algo estamos assimilando alguns modismos, ideais, o jeito de agir, um modo de ser. E esse consumo foge às regras do materialismo, falei no inicio do post que trabalho diariamente em escolas e não há como não falar da grande febre da garotada no ronaldo momento, eis o exemplo: Em meio as explicações da aula de matemática ecoa do nada pelos quatro cantos da sala a expressão “RONALDO”! O nome de um dos maiores idolos do futebol mundial, agora se torna uma das maiores febres de 2009 nas escolas, tudo isso impulsionado pelo programa humorístico “Pânico na TV”. Até aí tudo bem, mas o simples fato de brincarmos com a expressão da moda mostra o quanto somos levados a agir pelas formas esteriotipadas produzidas pela mídia.

Somos fortemente marcados pela padronização de muitos valores, crenças e comportamentos considerados “ideais” e, portanto de uma verdade que é transmitida a todos como se fosse única, universal eTelevisão absoluta. Mas não nos esqueçamos que essa concepção de igualdade gerada pela sociedade ocidental é apenas um modo de escondermos outra realidade humana onde predomina o individualismo e a desvalorização das diferenças.

Cabe a nós exercitarmos a convivência com relações afetivas entre grupos e pessoas favorecendo e permitindo o dialogo entre as diferenças.

OBS.: Se você quiser ler a entrevista que me inspirou escrever um pouco sobre o assunto clique no link ao lado http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-08-2005.php

Um grande abraço!

Luciano Petry

Technorati Marcas: ,

1 Response
  1. Anônimo Says:

    Parabéns pelo artigo, show de bola!


Comente: critique, elogie, se esprece!